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Ansiedade

  • Foto do escritor: Carol Marrara
    Carol Marrara
  • 10 de dez. de 2020
  • 3 min de leitura

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Sabemos que a ansiedade faz parte do ser humano, ela nos auxilia e nos incentiva em muitas situações da vida. Porém, quando ela ultrapassa um certo limiar, em vez de ajudar o organismo, passa a atrapalhá-lo.

"A ansiedade faz parte do existir do ser humano, motivando-o a novos desafios ou aprisionando suas ações e desejos.”

Quando se ultrapassa um certo limiar da ansiedade, o estado de alerta é exagerado, o sistema neuro-hormonal se descontrola e manifestam-se receios, expectativas e preocupações em grau intenso, juntamente com sintomas físicos.

O ser humano a todo momento se defronta com frustrações e necessidades externas e internas que podem gerar ansiedades. Por exemplo, uma pessoa preparada para uma prova ou uma entrevista de trabalho, vivenciará uma ansiedade normal, que ativara seu sistema de alerta, facilitando que se concentre, seja criativo e resolva as questões o mais adequadamente possível. Portanto a ansiedade normal e a patológica muitas vezes estão bem próximas. Mas quando a ansiedade ultrapassa seu limite, em vez de ajuda-lo, passa a atrapalha-lo.

Ultrapassando o limite normal, o estado de alerta fica exagerado e sobrecarregado, descontrolando o sistema neuro-hormonal, manifestando inúmeros sintomas e pensamentos ligados a receios, expectativas e preocupações em grau intenso.

Em alguns momentos verifica-se que não existe um fato real a ser enfrentado, existindo apenas uma ameaça imaginária na base do inconsciente da pessoa.


O que a Psicanálise diz?

"A ansiedade é normal e com importante função homeostática (equilíbrio). Seu papel é alertar o organismo diante de situações que podem ameçar a sua sobrevivência ou estimulá-lo a encontrar elementos para sua subsistência". (Cassorla)

Quando pensamos em ansiedade patológica, todos os modelos psicanalíticos a veem como uma revivência de situações arcaicas, que, por motivos variados, são reativados em algum momento da vida. A primeira situação vivida de ansiedade que sentimos é o desamparo no nascimento (sentimento natural). O olhar psicanalítico de maneira simbólica passa a entender que em nossa vida existem não só um nascimento, mas muitos. O nascimento de uma nova fase da vida, o nascimento de um novo trabalho, o nascimento do amadurecimento, o nascimento de algum enfrentamento, e quando existe junto a isso um desamparo sentido pela pessoa, este acaba sendo um “gatilho” para desencadear todas essas sensações arcaicas inconscientes.

Muitos descrevem a ansiedade como um “terror ou pavor sem nome”, uma sensação de não conseguir se conter.


Transtorno do Pânico

Caracteriza por crises recorrentes de ansiedade grave, de início súbito e sem motivação, com duração de poucos minutos.

Apresentam palpitação, dor no peito, tontura, despersonalização ou desrealização, dormência, formigamentos, falta de ar, medo de perder o controle ou enlouquecer e sensação de morte iminente.

Existe uma enorme dificuldade em descrever o que sentiram, termos como perder a cabeça, perder o controle, enlouquecer ou morrer. Sentem que algo terrível esta acontecendo e que esta totalmente a mercê desse “algo” e que absolutamente nada pode ser feito. Se tem maior sensibilidade corporal, efetuam a descrição de sintomas físicos. As crises atingem seu auge em 5 a 10 minutos, em seguida os sintomas diminuem, mas o paciente permanece aterrorizado com medo delas se repetirem.

Como consequência das crises de pânico, a pessoa passa a se observar intensamente e muitas vezes evitam situações onde não podem ser socorridas ou de difícil saída (agorafobia), como multidões, lugares fechados ou muito amplos, pontes, túneis, estradas, barcos, ônibus.


O trabalho psicoterapêutico tem função de ajudar o paciente a trazer para a consciência a ansiedade como forma de expressão e investigar ligações entre as crises com o momento de vida da pessoa.

A psicanálise, através de estudos ligados a ansiedade constatou que conflitos internos, muitas vezes inconscientes estão relacionados a quadros de ansiedade. Os quadros de ansiedades patológicas mais frequentes são o transtorno de pânico e o transtorno de ansiedade generalizada.

 
 
 

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