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Distorções na Rede

  • Foto do escritor: Carol Marrara
    Carol Marrara
  • 11 de dez. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 12 de dez. de 2020


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Uma das coisas que ultimamente me vem chamando a atenção, são relatos do excesso das redes sociais, o excesso de momentos de vazio e gasto de tempo onde a mente vaga vidas alheias e se perde de si por horas.

Sentimentos de ver o outro fazendo, o outro perfeito, o outro sem nenhum problema, o outro, o outro... e em meio disso o que também tenho observado são o surgimento de filtros que "retocam" e distorcem o rosto, para assim entrarmos cada vez mais nessa "realidade fantasiosa perfeita", onde a perfeição reina, onde rugas e cabelos brancos não podem aparecer, onde olhos maiores, menores, puxados para cima e com delineados perfeitos são valorizados. Onde uma pele irreal sem manchas, pele quase apagada com borracha predomina.

Rostos que mudam gerando um padrão de boca e nariz. A perfeição vazia, sem tônus e vigor, sem a realidade do espelho, a distorção sendo aceita e copiada, sendo imitada, sendo colocada como o real e aplaudida. Porque transformamos a distorção em medalhas? Porque nossas marcas são motivos de vergonha? Sabotamos nosso rosto e também sabotamos nossas emoções, neste mundo perfeito da fantasia o ser positivo reina também, ninguém chora, ninguém falha, ninguém fica triste ou com raiva. É um caminho de anulação de você mesmo. Até de seus conflitos que são tão ricos de amadurecimento.

Viver pelo perfeito é um perigo tremendo que me preocupa, quando nos dermos conta de que o belo é ser real, o belo é o "desarrumado", o belo são suas peculiaridades e suas marcas, o belo é ser quem você é.

Respiraremos em paz.

 
 
 

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